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Osteofitose

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

30 junho, 2022

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Alteração é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido ósseo em torno de uma articulação vertebral

Popularmente conhecida como “bico de papagaio”, a osteofitose é uma patologia caracterizada pelo crescimento anormal de uma saliência óssea ao redor das vértebras, causando dor e afetando o cotidiano do paciente. Esta é uma condição que não tem cura e está diretamente associada ao processo de envelhecimento do organismo, uma vez que é resultante do processo degenerativo da coluna.

Apesar de este tipo de hipertrofia óssea ser muito comum na coluna, ela pode surgir em qualquer outro osso do corpo. A osteofitose é mais frequente na coluna vertebral devido à pressão e ao desgaste do disco intervertebral; como defesa a este processo, o organismo calcifica mais osso para tentar proteger e estabilizar a coluna, formando, assim, o chamado bico de papagaio.

Osteofitose: o que é o bico de papagaio?

Os chamados osteófitos são protuberâncias ósseas que podem se formar na coluna vertebral e ao redor ou dentro das articulações. Eles são resultantes do desgaste da articulação vertebral, que leva à degeneração das estruturas, causando instabilidade entre os segmentos da coluna. Para tentar evitar que ocorra essa pequena movimentação, o organismo calcifica parte do osso, levando à fusão da parte doente da coluna.

É este processo que leva à formação óssea nas bordas articulares. As proeminências ósseas podem assumir um formato similar ao bico de um papagaio, daí o nome popular para a osteofitose. A ocorrência desta alteração é mais frequente na região lombar, mas também pode atingir outras partes da coluna.

Qual a diferença entre bico de papagaio e hérnia de disco?

A osteofitose e as hérnias de disco estão entre as principais patologias de coluna, podendo gerar muitas dúvidas entre os pacientes. Ambas as alterações estão associadas ao desgaste gradativo das estruturas da coluna, mas a hérnia é uma patologia de origem mecânica, que atinge os discos intervertebrais (que ficam entre as vértebras e funcionam como amortecedor do corpo), enquanto o bico de papagaio é um crescimento ósseo anormal.

Na hérnia de disco, o núcleo existente no disco cervical afetado acaba “vazando” para fora de seu local de origem, comprimindo os nervos da coluna e causando dores que irradiam para as pernas do paciente. A osteofitose, por sua vez, é resultante de uma ossificação anormal causada por um processo de defesa do organismo. Entenda suas principais causas, a seguir!

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Quais são as causas da osteofitose?

Os processos de sobrecarga e desequilíbrio da coluna são os principais causadores da osteofitose. Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da alteração são:

  • Sobrepeso;
  • Sobrecarga durante a prática de esportes ou no trabalho;
  • Sequelas de fraturas vertebrais por trauma ou por osteoporose;
  • Progressão da escoliose;
  • Fraqueza muscular do tronco;
  • Alterações reumatológicas.

Má postura

O desenvolvimento da osteofitose está diretamente atrelado ao posicionamento incorreto da coluna ao realizar as atividades do cotidiano. Por isso, é fundamental que as pessoas se mantenham atentas à maneira de se sentar no trabalho, executar atividades domésticas e dormir, evitando sobrecarga na coluna vertebral.

Envelhecimento

O avançar da idade se destaca como um dos principais fatores que favorecem a formação de bicos de papagaio, já que o desgaste natural dos discos intervertebrais leva à ossificação característica da osteofitose.

Sintomas do bico de papagaio

Muitos casos de osteofitose são assintomáticos. Porém, nos casos em que a formação óssea provoca compressão das estruturas nervosas, o paciente pode apresentar sintomas como:

  • Dor lombar;
  • Dor cervical;
  • Limitação de movimentos;
  • Dor ciática;
  • Lesão medular;
  • Artrose das articulações da coluna.

Como é feito o diagnóstico?

Uma vez que a maioria dos casos de bico de papagaio não apresenta sintomas, é muito comum que a condição seja diagnosticada apenas quando o paciente é submetido a uma radiografia para avaliar outra condição de saúde (como hérnia de disco, por exemplo). A confirmação do diagnóstico pode ser feita por radiografias simples ou tomografia. Caso seja necessário estudar a compressão dos nervos e da medula, a ressonância magnética é o melhor exame a ser solicitado.

Tratamentos para osteofitose

A osteofitose não tem cura, e o tratamento tem, como principal objetivo, o controle das dores e a recuperação da qualidade de vida do paciente. As metodologias terapêuticas, portanto, devem ser sempre adaptadas às necessidades e particularidades apresentadas pelo indivíduo, podendo incluir fisioterapia e uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares.

Também pode ser recomendado que o paciente invista no controle de seu peso corporal, fortalecimento muscular e reeducação postural para tentar estabilizar a coluna e impedir a progressão da doença. A prática de atividade física também é recomendada, sempre com atenção à postura e orientação adequada de um profissional da área.

Cirurgia para bico de papagaio: quando é indicada?

Nos casos mais graves de osteofitose, em que o paciente apresenta desalinhamento progressivo da coluna ou distúrbio neurológico que não são controlados a partir das metodologias conservadoras citadas acima, a cirurgia pode ser recomendada. Casos em que o paciente apresenta dano neurológico súbito ou alteração de força e/ou sensibilidade também podem demandar intervenção cirúrgica.

A cirurgia de bico de papagaio, em geral, é realizada com o intuito de remover os osteófitos, eliminando, assim, os sintomas de dor, perda de força e formigamento sentidos pelo paciente. Caso as raízes nervosas envolvidas na alteração apresentem danos severos, os sintomas neurológicos permanecerão mesmo após a cirurgia. É necessário que o neurocirurgião avalie o quadro criteriosamente, apontando se a intervenção é realmente capaz de trazer benefícios.

A realização da cirurgia para tratar osteofitose geralmente demanda o uso de enxertos ósseos e implantes para estabilizar a coluna e realizar a descompressão dos nervos afetados. A preferência é sempre pelas metodologias minimamente invasivas, que são menos agressivas ao organismo do paciente e possibilitam uma recuperação mais rápida e com menor desconfortos.

Para saber mais a respeito da osteofitose e descobrir qual o tratamento mais adequado para o seu caso, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Lucas Vasconcellos.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Traumatologia

Sociedade Brasileira de Coluna

Dr. Lucas Vasconcellos