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Hérnia de disco

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

30 junho, 2022

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Problema está associado a danos no disco intervertebral da coluna e afeta principalmente a região lombar

A hérnia de disco é uma lesão da coluna caracterizada pelo deslocamento do disco intervertebral, a estrutura cartilaginosa da coluna que funciona como um amortecedor entre as vértebras. A condição provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade, podendo levar à limitação de movimentos em graus variados e se tornar um grande transtorno ao paciente, prejudicando suas atividades do cotidiano.

O mais comum é que a hérnia de disco afete a região lombar, causando sintomas e desconfortos que podem se estender até os membros inferiores. Apesar disso, a alteração também pode afetar a área cervical da coluna ou qualquer outra parte da estrutura, sendo resultante do desgaste dos discos intervertebrais — que pode levar ao extravasamento ou abaulamento da estrutura. Entenda melhor, a seguir.

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O que é a hérnia de disco?

O termo “hérnia” significa projeção ou saída através de um orifício. A hérnia de disco afeta uma estrutura fibrosa e cartilaginosa chamada disco intervertebral, que é pouco vascularizada e atua amortecendo os impactos sofridos pelo corpo, garantindo a proteção da coluna e da medula espinhal. O corpo humano possui 23 discos localizados entre as vértebras da coluna, cada qual composto por anel fibroso, núcleo pulposo e plataforma cartilaginosa.

O envelhecimento natural do organismo faz com que ocorra o enfraquecimento e rompimento do anel fibroso, que é a camada mais externa do disco vertebral. Como consequência, o núcleo do disco é projetado para fora de sua posição normal, causando uma protuberância que faz pressão nas estruturas nervosas da região e causa diversos desconfortos. A ocorrência de traumas, doenças congênitas e alterações do tecido conjuntivo também podem causar o problema, além do envelhecimento.

Dados sobre a hérnia de disco no Brasil

De acordo com dados divulgados recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que 8 em cada 10 pessoas sofram com hérnia de disco em todo o mundo. Este é um dado que desmistifica a crença de que esta alteração afeta apenas pessoas idosas, apontando que jovens também podem apresentar o problema — especialmente quando há herança genética ou fatores de risco, como obesidade e sedentarismo.

No Brasil, a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é de que a condição afete cerca de 5,4 milhões de pessoas. A idade média para o aparecimento da hérnia de disco entre os brasileiros é de 37 anos, embora em 76% dos casos a dor lombar já fosse sentida pelo indivíduo há pelo menos uma década, sem o diagnóstico adequado da condição.

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Tipos de hérnia de disco

De maneira geral, há duas formas de classificar uma hérnia de disco: por sua localização ou pela forma como a cartilagem foi afetada. No primeiro caso, a alteração pode ser classificada entre:

  • Cervical: quando atinge a região do pescoço;
  • Torácica: afeta a parte do meio das costas;
  • Lombar: atinge a porção mais baixa das costas.

Quando a classificação é feita de acordo com a quantidade de cartilagem afetada, a hérnia de disco é classificada entre os tipos:

  • Hérnia protrusa: o núcleo do disco permanece intacto, mas apresenta formato alterado;
  • Hérnia extrusa: o núcleo do disco intervertebral está deformado;
  • Hérnia sequestrada: apresenta núcleo bastante danificado.

Quais são as causas da alteração?

Conforme foi explicado, a hérnia de disco é causada pelo enfraquecimento e rompimento da camada externa do disco intervertebral, uma alteração que pode estar associada ao processo natural de envelhecimento. Outras condições que favorecem o problema são:

  • Traumas na região da coluna (como quedas);
  • Herança genética;
  • Problemas de saúde que afetam o tecido conjuntivo;
  • Alterações mecânicas no organismo do paciente;
  • Realização de exercícios físicos de forma inadequada.

Sintomas da hérnia de disco

O principal sintoma da hérnia de disco é a dor intensa no local em que o problema se encontra, sendo que este desconforto pode se manifestar em diferentes intensidades, podendo, muitas vezes, irradiar para outras regiões do corpo. Dependendo da região em que a hérnia está localizada, pode haver sintomas adicionais, como perda da força em um dos braços e dormência ou sensação de formigamento nos membros superiores.

Quando a alteração está localizada na porção mais inferior da coluna, o paciente pode apresentar alterações no funcionamento do intestino e bexiga, bem como redução da força nas pernas e dormência nos membros inferiores. Caso a hérnia de disco esteja localizada na região da caixa torácica, pode haver dificuldade para segurar a urina e dor que irradia para as costelas. Esses sintomas são causados principalmente pelo comprometimento dos nervos.

Hérnia de disco: como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da hérnia de disco pode ser feito com base apenas nas características dos sintomas apresentados, na análise do histórico clínico do paciente e na resposta apresentada durante exame físico. É importante que, mesmo assim, sejam realizados exames de imagem para a confirmação do diagnóstico, bem como para verificar a localização da lesão e o nível de desgaste apresentado.

Também faz parte do diagnóstico entender quais são as dificuldades que a condição leva ao dia a dia do paciente, entendendo, assim, quais são as reações de seu corpo e qual a metodologia de tratamento mais adequada para o caso.

É possível prevenir o problema?

A hérnia de disco está muito ligada ao processo natural de envelhecimento do organismo, o que não pode ser evitado. Apesar disso, é possível garantir que o corpo se mantenha saudável ao longo dos anos, evitando principalmente os fatores de risco que favorecem o desgaste das articulações e os danos aos discos intervertebrais. Nesse sentido, as principais dicas para prevenir o problema incluem:

  • Praticar atividades físicas regularmente, sempre com orientação profissional;
  • Controlar o peso corporal, evitando a obesidade;
  • Sempre que possível, atentar-se à postura em todas as situações do cotidiano, ajudando a preservar as costas;
  • Evitar o tabagismo.

Como é o tratamento da hérnia de disco

A maioria dos casos de hérnia de discos pode ser controlada por meio de um médico especialista e abordagens conservadoras, que incluem principalmente o uso de medicamentos de ação analgésica e anti-inflamatória, além de relaxantes musculares e repouso moderado. Com as dores devidamente controladas, é importante administrar o problema para evitar crises e manter a alteração sob controle. Esta etapa é realizada a partir de fisioterapia, fortalecimento e melhorias na postura.

O tratamento da hérnia de disco deve ser sempre individualizado, sendo definido de acordo com as necessidades particulares e características de cada paciente. Outras possíveis abordagens para o problema são:

Cirurgia para hérnia de disco

Cerca de 90% dos casos não são cirúrgicos, sendo recomendada a cirurgia para hérnia de disco apenas em casos muito específicos e graves, que não apresentam controle dos sintomas a partir das terapias conservadoras.

Endoscopia de coluna

Nos casos em que a cirurgia de hérnia de disco é recomendada, a preferência é sempre por metodologias minimamente invasivas, como as que utilizam endoscopia de coluna ou até mesmo intervenção robótica.

Rizotomia por radiofrequência

Esta metodologia consiste na lesão térmica do nervo que está sendo afetado pela hérnia de disco e causando dores e demais desconfortos. O procedimento é bastante seguro e não afeta as funções motoras do paciente.

Para saber mais a respeito da hérnia de disco e descobrir a melhor abordagem terapêutica para o seu caso, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Lucas Vasconcellos.

 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reumatologia

Biblioteca Virtual em Saúde