Agende sua consulta
Fale conosco pelo WhatsApp

Prótese de disco cervical

Médico mostrando raio-x de pescoço
Imagem: Shutterstock

4 outubro, 2024

Por:

3 min. de leitura

A técnica atua na substituição de um disco natural da coluna por um disco artificial. Saiba todos os detalhes dessa cirurgia no texto a seguir.

Vértebras, discos intervertebrais, músculos e ligamentos são componentes da coluna cervical. Sendo essas estruturas responsáveis por permitir movimentos cervicais de flexão, extensão e rotação da cabeça.

Com o passar dos anos e o envelhecimento natural do corpo, é bem comum o desgaste dessas estruturas.

A artroplastia cervical, ou prótese de disco cervical, é bem-vinda para recuperar a qualidade de vida de pacientes acometidos pelo desgaste. Consiste em uma técnica moderna de substituição do disco intervertebral por prótese de disco. Ao invés de mobilizar, como ocorre na técnica de artrodese de coluna, proporciona a manutenção dos movimentos.

Estudos da área mostram que a técnica apresenta resultados significativos no curto e no longo prazo.

Saiba se a prótese de disco cervical é indicada para seu caso!

Quando a prótese de disco cervical é recomendada?

Para a mobilidade normal da função do pescoço, os discos intervertebrais da coluna cervical são imprescindíveis. Quando saudáveis, trabalham como “almofadas” para os ossos da coluna vertebral ou vértebras. Esses discos são estruturados por:

  • Núcleo pulposo – o centro é macio;
  • Anel fibroso – serve como suporte para o núcleo pulposo.

Quando esses discos se desgastam, ficam desidratados, secos e acabam ocasionando danos. Com isso, o núcleo pulposo tende a empurrar o anel fibroso para fora.

Caso alguma área do disco ou osso empurre para dentro ou toque uma raiz nervosa nas proximidades e/ou na medula espinhal, pode resultar em dor, fraqueza, dormência, perda de coordenação e espasmos musculares.

O incômodo não se restringe às áreas afetadas, já que a maioria dos nervos viaja pela coluna e alcança diversas partes do corpo.

A prótese de disco cervical é recomendada em casos de:

  • Diagnósticos de radiculopatia cervical;
  • Quadro clínico que dure, pelo menos, 4 semanas;
  • Mielopatia;
  • Sintomas cervicais persistentes após medidas de tratamento conservador;
  • Sintomas neurológicos como formigamentos e perda de força.

Como se preparar para a artroplastia cervical?

A realização de exames pré-operatórios é importante para verificação das condições de saúde do paciente e o planejamento correto da intervenção.

Normalmente, exames de sangue e de imagem são os necessários, mas o neurocirurgião pode requerer outros, conforme particularidade de cada indivíduo.

Outras orientações devem ser fornecidas pelo médico neurocirurgião ao longo das consultas pré-operatórias da prótese de disco cervical. Dependendo das particularidades do paciente, podem ser necessários alguns ajustes no cotidiano, como suspensão do uso de determinados medicamentos, tabagismo e ajustes na alimentação.

Como é feita a colocação da prótese de disco cervical?

Por uma pequena incisão, de cerca de 3 centímetros, feita próxima à parte frontal do pescoço, o neurocirurgião:

  • Desloca os tecidos moles para o lado, com muita técnica e cuidado, para acessar a coluna cervical;
  • Acessa a área em que os fragmentos de disco pressionam as estruturas neurais;
  • Retira o disco e material ósseo ao redor das estruturas para proporcionar mais espaço (discectomia e descompressão);
  • Coloca e fixa o disco artificial dentro do espaço intervertebral;
  • Alivia os tecidos moles do pescoço e outras estruturas;
  • Fecha a incisão.

Pode ser necessário colocar um colar no pescoço do paciente para restringir sua movimentação nas primeiras horas após a cirurgia. Ao todo, a intervenção dura cerca de 1 hora e 30 minutos.

Quais as vantagens da prótese de disco cervical?

A intervenção cirúrgica apresenta muitos benefícios. Os principais são:

  • Manutenção da movimentação normal da coluna vertebral;
  • Restauração da coluna cervical aos parâmetros fisiológicos;
  • Pouco risco de complicações;
  • Possibilidade de recuperação total do paciente e retorno às suas atividades, sem exceções.

Como é o pós-operatório?

Costuma ser um período bastante tranquilo. Na maioria dos casos, o paciente pode andar já no mesmo dia do procedimento, com alta hospitalar em cerca de 2 dias após a intervenção.

Dor de garganta e leves desconfortos são condições consideradas normais para os primeiros dias, mas logo cessam.

Para favorecer a recuperação, é necessário evitar esportes de contato e levantamento de peso nas primeiras semanas.

Todas as recomendações serão informadas pelo profissional no momento da alta hospitalar.

Agende já sua consulta com o Dr. Lucas Vasconcellos.

 

Fontes:

Dr. Lucas Vasconcellos

MSD Manuals