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Descompressão minimamente invasiva

Sala de cirurgia com médicos e aparelho minimamente invasivo
Imagem: Shutterstock

4 dezembro, 2024

Por:

5 min. de leitura

Essa técnica cirúrgica alivia a pressão sobre as estruturas nervosas da coluna por meio de incisões pequenas, promovendo uma recuperação rápida e segura

Os nervos desempenham um papel crucial na comunicação entre o sistema nervoso central e os órgãos, transmitindo sinais elétricos que permitem ao cérebro controlar e coordenar as funções do corpo. No entanto, esses nervos podem ser pressionados ou comprimidos por músculos, tendões, ossos ou outros tecidos, resultando em dores e desconfortos. A descompressão minimamente invasiva surge como uma solução para amenizar os sintomas e restaurar a funcionalidade.

Saiba se a descompressão minimamente invasiva é para o seu caso!

O que é a descompressão minimamente invasiva?

A descompressão minimamente invasiva é uma técnica cirúrgica que alivia a compressão dos nervos da medula espinhal, tratando dores cervicais ou lombares. Além de amenizar sintomas que afetam a qualidade de vida do paciente, esse procedimento previne complicações mais graves, como incontinências urinárias e perda da coordenação motora.

As técnicas de descompressão minimamente invasiva, como a descompressão tubular, utilizam dispositivos que permitem acesso ao local afetado com menor trauma aos tecidos circundantes. Essas abordagens minimizam o deslocamento de músculos e tecidos, reduzindo danos e riscos durante a cirurgia e no pós-operatório, o que resulta em uma recuperação mais rápida e confortável.

Quando a descompressão minimamente invasiva é indicada?

A descompressão minimamente invasiva visa o tratamento tanto da compressão repentina, causada por lesões súbitas da coluna vertebral em traumas ou acidentes, quanto da compressão gradual, resultado de condições degenerativas da coluna que se desenvolvem ao longo do tempo. Portanto, o procedimento é indicado nos casos de doenças que comprimem os nervos e comprometem a função da coluna vertebral. Confira algumas delas a seguir. Acompanhe a leitura!

Hérnia de disco

A hérnia de disco pode ser tratada com descompressão minimamente invasiva. Essa condição ocorre quando o disco intervertebral se projeta e pressiona os nervos próximos. Na região cervical, isso pode causar dor, fraqueza ou formigamento nos braços, enquanto, na lombar, afeta os nervos das pernas. A intervenção é indicada quando os sintomas persistem apesar de medicamentos e fisioterapia ou quando há comprometimento funcional significativo que afeta a qualidade de vida do paciente.

Cisto sinovial

O cisto sinovial é um nódulo benigno formado por uma bolsa de tecido mole preenchida com líquido encontrado em articulações e tendões, como punho, mão e joelho. Alguns são assintomáticos, enquanto outros causam dor, inchaço e interferem no movimento. O tratamento varia desde acompanhamento até descompressão minimamente invasiva. A cirurgia é particularmente recomendada para cistos grandes que comprimem nervos ou tecidos próximos.

Estenose espinhal

A estenose espinhal é o estreitamento do canal espinhal, que pode comprimir a medula espinhal e as raízes nervosas. Essa condição geralmente resulta de alterações degenerativas relacionadas à idade, como artrite e hérnias de disco. A descompressão minimamente invasiva pode ser indicada para aliviar a compressão e reduzir sintomas intensos, como dor nas costas, dor irradiada para pernas ou braços, fraqueza, formigamento e dificuldade para caminhar.

Espondilolistese

A espondilolistese é a condição em que uma vértebra se desloca para a frente em relação à vértebra abaixo, sendo mais comum na região lombar. As causas incluem degeneração dos discos intervertebrais, lesões traumáticas e condições congênitas. Os sintomas, como dor nas costas, dor irradiada para as pernas e fraqueza, podem ser tratados com descompressão minimamente invasiva, aliviando a pressão sobre as estruturas nervosas.

Dr. Lucas Vasconcellos: especialista em procedimentos minimamente invasivos!

Como a descompressão minimamente invasiva é realizada?

A descompressão minimamente invasiva é realizada sob anestesia geral, com o paciente posicionado de barriga para baixo. O cirurgião faz uma incisão cirúrgica de aproximadamente 1,5 cm ao lado da linha média da coluna lombar. Com o auxílio de um afastador cirúrgico especializado, equipado com lâminas e iluminação integrada, ele pode realizar a descompressão em ambos os lados da área afetada da coluna.

O principal objetivo da descompressão é liberar as estruturas nervosas, como raízes nervosas e cauda equina, de discos, ligamentos ou calcificações que comprometem seu funcionamento, restaurando a comunicação entre a medula espinhal e os membros. Quando necessário, a incisão pode ser utilizada para outros procedimentos, como estabilização da coluna ou inserção de dispositivos de fixação, reduzindo a necessidade de cortes adicionais.

Cuidados no pré e no pós-operatório

O paciente deve seguir algumas orientações antes da descompressão minimamente invasiva, como suspender medicamentos de uso contínuo, conforme orientação médica, e evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas. O pré-operatório também inclui a realização de exames de imagem e laboratoriais para avaliar a saúde geral do paciente.

A recuperação após uma cirurgia minimamente invasiva costuma ser mais rápida devido à menor intervenção. O tempo de internação é reduzido, geralmente variando de um a dois dias. Os cuidados no pós-operatório incluem:

  • Fazer repouso, evitando atividades extenuantes e movimentos bruscos;
  • Tomar os medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios;
  • Não trabalhar por, pelo menos, sete dias;
  • Evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas;
  • Iniciar gradualmente exercícios leves ou fisioterapia, conforme orientação médica, para fortalecer os músculos da coluna.

Benefícios da descompressão minimamente invasiva

A descompressão minimamente invasiva oferece diversos benefícios. Os principais são:

  • Incisões menores, que resultam em menos dano aos tecidos circundantes;
  • Recuperação mais rápida;
  • Menos dor no pós-operatório;
  • Menor tempo de internação;
  • Cicatrização mais rápida;
  • Menor risco de infecções e outras complicações.

Essa técnica apresenta riscos?

A descompressão minimamente invasiva possui riscos como qualquer procedimento cirúrgico. Entre os principais, estão infecções no local da incisão, sangramentos e lesões nervosas que podem causar dor ou fraqueza. Além disso, reações à anestesia, cicatrização inadequada e recidiva dos sintomas podem acontecer.

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FONTES:

Ministério da Saúde

Hospital Israelita Albert Einstein